27 agosto 2015

{Grumpy List} Corra, Leitor, Corra!


Hoje gostaríamos de apresentar detalhes nas apresentações de livros (ex: capa, resumo, comentário na indicação do coleguinha?) que nos fazem correr para as montanhas e nunca mais olhar para eles. 

Sabem aquela pequena implicância, ou o grande trauma, ou apenas aquela pulga atrás da orelha de que aquele livro é cilada?


1 - "(…) é a história de três mulheres que (…)" (Anita)

Anita: Por algum motivo, nunca são três homens. Provavelmente, eu também correria se fossem... Claro, já houve livros ótimos com resumo assim, como Pequenas Grandes Mentiras. Só garanto que eu provavelmente já o queria ler antes de notar essa parte. 

Elza: Concordo. Tenho o mesmo problema. E não é só com livros. Filmes, séries de TV, dramas coreanos, mangás... Se começar falando que é a história de três mulheres, eu fujo. Pior que pensando bem, qual a coisa tão terrível sobre isso? A gente tem problema. 

Leila: Muito provavelmente eu tentaria ler o primeiro capítulo antes de fugir. Porque, sei lá, às vezes é um livro bom com um resumo ruim? Mas na maioria das vezes dependendo da CAPA, eu nem olho duas vezes para o livro. 

Conclusão: Leila é a pessoa racional aqui. 
Leila: Só nessa hora. XD


2 - Capa com gente. (Leila)

Leila: Pode contar comigo para estar a quilómetros de distância quando um livro tem pessoas na capa. Nunca cheguei perto daquele... A Herdeira? Porque tem todas aquelas modelos na capa do livro e tudo mais. Para ler um livro com gente na capa só se ele vier muito bem recomendado. Como Feios, que a Elza recomendou uma vez; caso contrário eu não olho nem para a sinopse do livro, que dirá ler a coisa.

Anita: Não tenho problema com gente na capa, apesar de saber que tem muito leitor que não gosta. Eu até gosto, dependendo da fotografia, desde que não pareça livro de banca.

Elza: Capas com fotos de modelo geralmente são feias e pouco chamativas. Para mim é um ponto positivo porque é das capas bonitas que eu desconfio. 

Conclusão: Julgamos o livro pela capa, sim. 
Elza: Nem que seja de um jeito do contra.


3 - Depoimento de um autor que eu não goste, elogiando na contracapa. (Elza)

Elza: Nada me faz fugir tão rápido de um livro quanto isso. Graças aos céus li O Morro dos Ventos Uivantes antes de começarem a associar com Crepúsculo.

Leila: Putz. Fala não. Eu li muito tempo depois dessa beleza acontecer, mas foi porque uma das minhas melhores amigas é louca pelo livro desde a época do colégio. Se dependesse da Stephenie Meyer eu não teria chegado nem perto do livro. E isso com certeza serve para qualquer outro livro que ela indique.

Anita: Por sorte, eu evito ler depoimentos de outros autores enquanto estou pesquisando minhas futuras leituras, mas também fico desconfiada se vejo. E aproveitando o tópico de O Morro dos Ventos Uivantes, talvez eu também tivesse implicado com ele se virasse modinha só porque outro livro da moda o indicou. Tirando isso, adoro aquele livro... eu tinha que frisar, já que é um de meus favoritos, rs. 

Conclusão: Nada que a Stephenie Meyer indicar é 100% garantido. (Exceto O Morro dos Ventos Uivantes). 
Elza: Na opinião pessoal das resmungonas desse blog, claro.


4 - "Na tradição de Harry Potter e Dom Casmurro, para leitores fãs de John Grisham, John Green e John Smith e telespectadores de A Usurpadora e The Walking Dead (…)" (Anita)

Anita: Exagerei com o exemplo com o fim de mostrar que há uns livros que perdem mais tempo se definindo por outros (que às vezes nem livros são) do que elaborando um resumo. Na verdade, não gosto nem quando só citam duas obras famosas, mas ainda tenho força para ler o resumo antes. Já quando exageram assim, eu corro.

Elza: Eu leria qualquer coisa indicada para telespectadores de A Usurpadora, porque ia ser supercrocante e cretino e... er... Concordo. Já vi alguns livros que não tinham resumo nenhum, só comparação com outros livros famosos que fizeram sucesso recentemente. Isso não exatamente me impede de ler o livro, mas esfria minhas expectativas. Até porque em 90% dos casos é só propaganda e a comparação não tem nada a ver com a realidade.

Leila: Odeio livro que faz isso. Porque é igualmente ruim para o leitor e para o coitado do escritor. Já pensou seu livro ser comparado com Harry Potter? O pessoal lê, não curte e você sai sendo xingado só porque não foi igual/melhor que Harry Potter. Ah não, gente. Sou a favor de pararem de fazer isso, porque é uó. Saio correndo mesmo. 

Conclusão: Ninguém aqui quer ler cópia de coisa que já leu. Fica a dica. 
Anita: Ou a Leila xinga... e nosso blog não pode ter isso. #piadainterna


5 - Quanto mais bonita a capa, mais doloroso o tapa na cara. (Elza)

Elza: Tenho trauma daquele livro, A Maldição do Tigre. Acho a capa uma das mais lindas que já vi e confesso que foi a primeira - e última - vez que eu fui toda animada para um livro só por causa disso. A história até começa bem, mas eu acabei desistindo na metade. Àquela altura a leitura estava tão dolorosa quanto... (…) Desisto de encontrar uma comparação. Não tem nada mais doloroso.

Anita: Já mencionei que tenho fraco por capas? Elas não me fazem evitar livros (em regra), mas já li muitos justamente por causa delas... eu confesso. A última de que gostei muito foi a de Para Todos os Garotos que Já Amei (e a Leila ia odiar porque tem uma menina real lá). Acrescentando, até capas doidas que odiei também me servem para querer ler o livro. Esse é um exemplo e esse é outro...

Leila: Ai gente aqui vocês me pegaram. Porque eu compro muito livro pela sinopse, claro, mas também pela capa. Tem coisa mais linda que a capa de Toda Luz Que Não Podemos Ver? E o livro é lindo e choremos com ele e ele é um tapa também, mas de um modo diferente de A Maldição do Tigre... Quanto a Para Todos os Garotos Que Já Amei, eu ainda tenho vontade de ler o livro apesar da capa. 

Conclusão: Julgamos o livro pela capa, sim. (2) 
Elza: E nos damos mal por causa disso.


6 - Livros com fantasmas. (Leila)

Leila: Sim, sou frouxa. Queria muito ler O Iluminado do Stephen King, mas morro de medo MESMO de ler aquele livro ou qualquer outro cujo assunto seja esse. Como meio mundo já sabe (e quem não sabe, vai saber agora) me assusto muito fácil com livro. Fiquei a pessoa mais travada do mundo lendo Celular do King e nem de longe é o pior livro no departamento tensão/vou me borrar de medo.

Elza: Sou o contrário. Se tiver fantasma, leio ainda mais rápido. Claro, se isso significar que o livro é de mistério ou terror. Romance entre garota humana e fantasma não conta!

Anita: Depende do fantasma... Noutro dia li um resumo bem do estilo que não diz nada e estava quase pegando o livro para ler quando notei um comentário da editora que resumia de novo o livro com: uma menina, não lembro onde, e um fantasma. Esse "e um fantasma" me fez fugir de tão aleatório que soou. 

Conclusão: ?? 
Anita: Fugiu de medo...


7 - Títulos propositalmente parecidos com outros. (Anita)

Anita: Costuma ser um problema das traduções para o português, como comentei na resenha minha de O Namorado de Minha Melhor Amiga, mas os títulos originais não estão isentos. Para mim, é um marketing de emboscada dos mais idiotas. Muitas vezes nem é culpa do autor, mas não posso evitar se crio implicância e se já tenho livros o bastante para ler para uma vida bem longa.

Leila: Isso é outra coisa que eu também detesto, principalmente se o intuito é vender mais livros em cima de outro. Gente, para que? Só vai causar o efeito contrário. E o ódio dos desavisados que compraram o livro achando que era parecido ou tinha algo a ver com outro. Sim, já vi gente argumentando esse tipo de coisa mesmo quando o autor das duas obras é completamente diferente.

Elza: Isso não atrai leitores. Só vai fazer você ficar com a impressão de que o autor se publicou copiando alguém. Estratégia nada a ver. 

Conclusão: Na vida nada se cria, mas tentar não dói. 
Anita: E evita perder cliente...


8 - Reluto em ler o livro da moda. (Elza)

Elza: Não é algo exatamente racional. É porque sou do contra mesmo. Quanto mais as pessoas falam que algo é bom - e com isso quero dizer quando as pessoas comentam exageradamente sobre algo ser bom - menos tenho vontade de conhecer. É a mesma coisa com séries de TV. Se isso é bom? Não mesmo. Eu poderia nunca ter visto Lost. Ou lido Harry Potter. Por outro lado, nem sempre um livro muito comentado merece todo o espalhafato feito em volta dele. Ainda não entendo o que as pessoas veem em O Código Da Vinci além da polêmica religiosa. Há muitos livros policiais melhores e menos ovacionados.

Leila: Não tenho nada contra. Até fico empolgada para ler, mas se o livro não tem muito a ver com o meu gosto eu deixo a poeira baixar primeiro, para só depois ler com calma e dar a minha opinião.

Anita: Eu acabo querendo ler, pela lei das probabilidades. Se tanta gente gostou... Agora, se quem me recomendar disser que é obrigação minha ler ou, sei lá, não serei uma adulta completa e coisas assim, eu fujo. Até hoje eu me arrependo de não ter lido Orgulho e Preconceito, mas ainda me traz más lembranças de uma indicação que recebi nesse estilo dez anos atrás. 

Conclusão: Meh. 
Leila: Ao quadrado.


9 - Reputação ruim ou se alguém em quem confio muito diz que é ruim. (Leila)

Leila: Passo longe, mas longe mesmo, se alguém que conhece meu gosto e que eu confio diz que o livro não vale nem o esforço de fazer o download ou de comprar se for o caso. Sempre procuro por indicação com gente conhecida e sites como Skoob e GoodReads. Só se o livro tiver algo que realmente me atraia é que eu dou uma chance mesmo com recomendação baixa, caso não passo nem perto. Pode ter a capa banhada a ouro, o Stephen Amell como modelo de capa (criaria exceção à regra de gente na capa) que eu não vou atrás de jeito nenhum.

Elza: Esse negócio de indicação é complicado. Às vezes acontece da mesma pessoa te indicar um livro maravilhoso e logo em seguida um não tão interessante... A coisa boa é que, com o tempo, você acaba identificando as pessoas que tenham gostos parecidos e também contrários aos seus. E elas também acabam entendendo que tipo de livro não devem te indicar de jeito nenhum. E há sempre os blogs de resenha. Eles foram uma boa sim ou com certeza?

Anita: Não costumo seguir indicações para livros bons, porque acabo economizando eles e lendo os duvidosos que encontro por acaso na minha frente... mas contraindicações eu sigo quase que fielmente, não importa o gosto do amigo combinar ou não com o meu. Como disse antes, tanto livro para ler, não tenho por que ser do contra, né?

Conclusão: Somos todas do contra entre nós. 
Anita: Concordado! 
Elza: Ou não. 
Leila: Ninguém concorda em nada nessa bodega. Maravilhas da vida.


E foi isso. Apenas uma discussão... saudável... sobre coisas que reparamos e algumas vezes nos afastam de livros antes mesmo de darmos a eles uma chance. 

Contribuições à discussão são mais que bem vindas! =D

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