{Resenha} Perfect (Imperfeitos #2) - Cecelia Ahern

Título Original: Perfect (Tr.: Perfeitos)

Editora: Feiwel & Friends
Ano: 2017
Número de Páginas: 352

Uma erva daninha é apenas uma flor que cresce no lugar errado.

Resumo: Como um encontro de A Letra Escarlate com Divergente, Imperfeitos e Perfect se passam em um futuro em que a perfeição está acima da humanidade e os "imperfeitos" que cometem atos de desobediência ou rebelião são marcados com um F.


Note que a resenha abaixo se baseou na cópia em inglês, fornecida pela editora através da Netgalley. 

Eu gostei muito da primeira parte desta série — Imperfeitos — e fiquei muito feliz que a segunda não demorou muito para ser lançada. E esta sequência não me desapontou, foi a conclusão perfeita para a história da Celestine. 

O livro começa logo de onde o primeiro parou então aconselho que você leia Imperfeitos antes. Agora se você já leu, não precisa voltar nem nada assim. A minha memória terrível, mas autora fez um bom trabalho recontando o que fosse que a gente precisasse se lembrar da primeira parte.

Celestine conseguiu fugir e agora ela está se escondendo com o seu avô, muito embora ela saiba que não poderá ficar lá por muito tempo. Então pouco tempo passou desde que ela foi marcada e tanto já aconteceu que ela é como se fosse outra pessoa de quando nós a conhecemos. Ela não sabe em quem confiar, então ela não confia. Seu objetivo também mudou, não é apenas a sua situação que ela quer mudar mas todo o sistema dos Imperfeitos.

Creio que tenha sido fácil desenvolver a Celestine, considerando o quanto ela era ingênua no início. Por isso temia que ela acabasse virando alguma coisa diferente demais. Fiquei feliz de altura ter tido o cuidado de manter a sua essência. Isto é principalmente revelado pelo seu relacionamento com o Art. A propósito, apesar de a Ahern nunca me satisfazer quando ação de romance, gostei de como ela lida com o triângulo amoroso. Você pode identificar-se com as hesitações da personagem e apoiar lá na suas escolhas em vez de passar metade do livro querendo estrangulá-la.

Agora quando falamos de a Celestine ser uma heroína de YA, o clichê ainda impera. Metade do tempo as pessoas ficavam seguindo como se ela fosse esta grande líder, como se ninguém nunca tivesse pensado no que ela pensava. Considerando que muito dos imperfeitos eram basicamente assim por causa de suas opiniões, será que nenhum deles realmente pensou em resistência pacífica, por exemplo? Ninguém é capaz de fazer um discurso para reunir os outros? Até algumas pessoas perfeitas que tentaram fazer-lo, mas nenhum imperfeito além da Celestine. Que diabos está de errado com esse país? Depois de ler essas histórias, não é nenhuma surpresa que as crianças pense que a adultos são idiotas.

Eu também acho que autora perder uma oportunidade de tratar dos assuntos humanitários atuais, não que isso tenha me feito deduzir qualquer estrela dela, mas confesso que eu esperava que ela fizesse, considerando como o seu mundo foi construído.

Já mencionei como os romances dela costuma falhar comigo, e uma das razões para isso neste livro foi o Carrick, suposto par romântico da Celestine. Nunca consegui entender direito. Ele age como se fosse esse garoto perigoso — apesar de, na minha opinião, a Celestino será que ela quem está colocando ele em problemas —, quase como se ele tivesse sido criado nas ruas, mas a verdade é que ele recebeu uma educação de primeiro e por um longo tempo ele acreditava nisso. Então como que ele pode ser tão malandro de rua? Foi como se tivesse me dado o pano de fundo errado para ele, o que tornou bem difícil que eu confiasse nele. Ou talvez ele simplesmente não seja motivo? Não que eu tivesse torcido pelo Art também. Pois é, eu, romances e a Ahern não somos uma boa combinação.

Acho que o grande problema deste livro foi que ele precisava de um pouco mais direção. Especialmente no domingo inicio muitas partes pareceram apressadas; era como se autora estivesse ficando sem tempo algo assim? Tudo estava meio que espalhado por pelo menos metade do livro. E ela tinha estas cenas de ação incríveis, eu adorei cada uma delas — e eu não sou uma fã de ação! —, Então você pode ver que isto poderia ter sido um ótimo livro, digo, ação era pra ser O mais difícil de se escrever nesses livros? Então achei estranho como o problema ficou exatamente com o resto.

Ainda assim, eu realmente gostei da forma como ela escreveu esta sua primeira série infanto-juvenil. E fiquei surpresa de aprender que este era o final da história. Eu tinha certeza de que seria uma trilogia. Absolutamente, eu teria lido o terceiro livro. Bem, tem sempre espaço para mais um, apesar de a conclusão ter sido bastante conclusiva, rs. Definitivamente, mal posso esperar pelo próximo infanto-juvenil desta autora.

Se você leu Imperfeitos, deveria realmente ler este. Não é tão bom quanto o primeiro mas realmente valeu a pena.

Avaliação: