06 setembro 2015

{Leituras do Mês} Agosto




Leila: Sabem aquela máxima? Agosto mês do desgosto. Pois é. Ela se aplica inteiramente a mim.

Minhas leituras desse mês foram frustradas por uma bela ressaca literária causada por um mês de leitura intensa (MLI2015, oi) e uma leitura nada boa pós-maratona conhecida como Cartas de Ódio aos Vivos ou se preferirem o título original Cartas de Amor aos Mortos. Depois dessa tentei engatar duas leituras para sair da ressaca e todas, eu disse TODAS, ficaram pela metade. Não porque os livros sejam ruins, juro, mas porque a ressaca me pegou de jeito.

De quais leituras estou falando?

Uma Curva no Tempo, que eu estava super ansiosa pra ler porque curti a sinopse e O Guardião do Nicholas Sparks que não estava nos meus planos e que foi uma daquelas leituras que você meio que começa sem querer e acaba se divertindo com ela. Enquanto um está pela metade (Uma Curva no Tempo), o outro (O Guardião) está há miseras 40 paginas do fim e eu não consigo seguir adiante. Não porque eu esteja com pena de que o livro acabe, mas porque eu não estou nenhum pouco com vontade de ler este mês.

Mas Leila, mulher, o que foi que tu andou fazendo esse mês inteiro de agosto?

Procrastinando com vídeos e mais vídeos do youtube, além de assistir muita TV. Só. Em resumo, esse foi um mês ridículo para leituras no que diz respeito a minha pessoa. Espero sinceramente que o de vocês tenha sido muito melhor. :)

Por isso eu pergunto: e ai meninas? Como foi o mês de vocês?

Elza: Meu mês foi legal, sabe. Infelizmente não tem chovido, mas pelo menos ainda não está muito quente...

Anita: Aqui choveu ontem e hoje! Mas agosto foi meio seco mesmo.

Elza: A gente não devia falar de livros?

Anita: Mas a Leila foi tão legal e perguntou do nosso mês; seria falta de educação não responder.

Elza: Acho que não choveu em nenhum dos livros que eu li. Qual o problema dos autores com chuva? Eles só permitem que chova se precisarem de uma tempestade para, tipo, matar todo mundo.

Anita: engraçado dizer isso, porque o segundo livro que li em agosto se chamava Timestorm. Ele é o último da série Tempest, e graças aos céus bem melhor que o segundo, mas não tão bom quanto o primeiro para mim. O primeiro era mais romântico, rs.

Elza: Pensando bem, eu li aquele livro infantil do George R. R. Martin (está certo? Sempre acho que esqueci uma das milhares de iniciais quando escrevo o nome desse cara), O Dragão de Gelo, e tinha... gelo. Caindo do céu, no inverno. Quase tão bom quanto chuva. É um ótimo livro para crianças. Pelo menos para as fortes, que não ficam traumatizadas com guerras envolvendo dragões cuspidores de fogo e gente morrendo no processo... Pensando bem, eu fui uma criança muito molenga. Provavelmente teria tido alguns pesadelos com isso.

Anita: Maybe One Day, que li antes daquele, tinha um céu meio nublado na capa, como se uma tempestade fosse cair a qualquer momento. Será que conta? Mas ele era sobre duas amigas, uma com câncer, uma com o olho no cara de quem a com câncer gostava. Não tinha nada a ver com chuva que eu lembre.

Elza: Isso soa horrível! Essa garota devia ser uma péssima amiga!

Anita: Não realmente! Ela tentou ficar longe.

Elza: Se eu tivesse uma doença terminal e minha amiga ficasse de olho no meu bofe, morreria só para poder assombra-la eternamente.

Anita: Ela soltava a pérola de que não tinha tempo de sair com o cara para o pobre do garoto.

Elza: Bom, nós já sabemos o que eu não vou estar lendo em setembro... O que mais li em agosto? Ainda estamos falando de chuva? Teve 1Q84 e Toda Luz Que Não Podemos Ver, que eu só fiz comentários breves porque não achei que tinha competência o bastante para escrever resenha. Sabe quando você tenta resenhar um livro clássico ou muito inteligente e acaba soando como a sua professora de literatura do ensino médio? A mesma que ensinava os clássicos, mas na verdade só lia Paulo Coelho...

Anita: Meu professor de Literatura era fã do Paulo Coelho... e fugiu do seminário para casar... E quem sabe quando eu ler Toda Luz, não fazemos juntas? Pior que notei que li outro livro de "boas amigas", O Namorado da Minha Melhor Amiga (odeio a tradução desse título, mas adoro essa autora). Nesse caso, a autora se safou com a péssima desculpa de que a amiga traída era uma vac– uma pessoa não muito iluminada. Até suavizaram isso no final, mas ainda é a mesma desculpa. Em Maybe One Day, achei que a autora soube manter bem o espírito da amizade. E só para encerrar a parte de YA's, também li Métrica, um livro que também retrata uma amizade muito legal, mas infelizmente o foco é o amor entre aluna e professor, tão incontrolável a ponto de eles quererem desistir de suas carreiras. E eles se conhecem por uma semana antes de saberem que não podiam ser namorados... Para entenderem meu sarcasmo melhor, leiam a resenha.

Elza: Qual o problema desse pessoal? Seria a coisa do fruto proibido? Já que estamos encerrando a parte de YAs, eu li Cartas de Amor aos Mortos, que é divertido, mas irrelevante. Ele devia ser usado como controle de natalidade, sabe. Você indica para pessoas na faixa dos vinte e cinco aos quarenta e cinco, que estejam em dúvida se querem mesmo ter filhos, e eles vão desistir na hora. Porque não importa quão fofo possa ser um bebê, um dia ele se tornará um adolescente fazendo coisas horríveis consigo mesmos e com os irmãos mais novos, usando drogas e até mesmo se matando no processo... sem que os pais façam a menor ideia ou possam fazer algo a respeito.

Anita: Na verdade, ainda é YA, mas um submundo diferente, rs. Eu li também o LGBT, Sam Dorsey And His Sixteen Candles. Esse é sobre um rapaz que está fazendo aniversário e acredita que todo ano aquele é seu dia de maior azar – o que se comprovava pelos eventos do livro, ao menos em parte. Foi bastante divertido, deu para ler em um dia.

Elza: Entendo perfeitamente. O dia de aniversário É o dia de maior azar. Já tentou comprar um bolo de última hora e eles terem o seu sabor favorito? Além disso, é o dia em que todo mundo foge de você para não ter que inventar uma desculpa de por que não comprou um presente.

Anita: No caso do Sam, ele chegou a pôr fogo na casa um ano desses, rs.

Elza: Não imaginei que ele fosse tão velho... Voltando a minha lista: eu li Joyland! Joyland! Joyland! Esse livro valeu pelo mês inteiro. Não só é maravilhoso, como é um Stephen King. Eu passaria a vida trancada em uma torre com todos os livros do King sem nenhum arrependimento. Se esse homem morrer primeiro que eu, provavelmente me jogo junto no caixão! (Ok, menos)

Anita: Sempre associei o King a você e foi graças a isso que decidi ser hora de fazer minha estreia no mundo fantástico de Stephen King. Este mês, li Novembro de 63, do qual ainda faremos nossa Resenha em Dupla, talvez para o sábado da semana que vem, nao é? Adiantando, ele fala de um professor de inglês que recebe do amigo um pedido para salvar John Kennedy. É um lema meio Heroes, salve Kennedy, salve o mundo. Mas para isso ele precisa voltar ao passado por um portal que o leva apenas para um ponto fixo em 1958, e lá o professor tem que esperar os cinco anos até 63. Ademais, o passado é persistente e não quer ser mudado. Ele causará de tudo, até diarreia, para impedir o Jake (o principal do livro).

Elza: Mal posso esperar! Mas acho que você não fez uma boa propaganda do livro. O pessoal esperando monstros, vampiros, aliens... mas o cara é impedido por uma diarreia.

Anita: Quem disse que isso o impede? :D

Elza: Vamos ver... Eu li também, Iluminadas, que merece o prêmio de grande decepção do ano até agora. Quer dizer, é sobre um serial killer de mulheres que viaja no tempo. UM SERIAL KILLER VIAJANTE DO TEMPO. Não me conformo que a autora conseguiu estragar uma premissa tão genial. E então eu penso que não sofri o suficiente e leio Lick, meu primeiro e último New Adult, se puder evitar. Não consigo lidar com livros em que caras de aparência perfeita, podres de rico e máquinas de sexo, se apaixonam a primeira vista por garotas completamente comuns, sem que elas precisem dizer uma palavra. Não vou mencionar a absurda falta de lógica no enredo e o pior: as DRs intermináveis.

Anita:  Eu li um New Adult para um site de previews de livros ainda não lançados, ele se chama Deal Breakers e a essa altura ele já saiu. Confesso ter esperado coisa pior. O enredo era de dois grandes amigos da faculdade, a menina pedia ao cara para tirar a virgindade dela e depois eles não se viam por cinco anos, quando a menina agora guarda dele um grande segredo – não sei por que já não diziam no resumo que ela teve um filho. O bichinho era a coisa mais fofa do livro! Mas também gostei do cara principal. Ainda assim, era um livro genérico, nem quis fazer resenha aqui.

Elza: Minha penúltima leitura foi Os Três, da Sarah Lotz, cuja resenha vai sair no site antes do dólar chegar a cinco reais, eu prometo. O livro é muito bom, do tipo difícil de largar, mas tem um final tão cretino... Meio que senti como se autora tivesse rido da minha cara e soltado um "te peguei". Mesmo assim eu fico checando o Amazon e o site da editora desesperadamente para ver se vão lançar a sequência.

Anita: O clima não tem nada a ver com esse, mas eu li dois livros mais para o drama. Um foi The Accidental Empress, contando a história da Imperatriz Elisabeth da Áustria, ou Sissi como todos a conhecemos. Eu sou apaixonada pela Sissi, mas o livro foi maçante depois da primeira parte. Acho que eu já sabia tudo o que poderia me interessar e a autora só incluiu de novo (fictício) o que não me interessaria. Haverá uma continuação que deve ser mais original que bibliografia da Sissi, como acabou sendo o primeiro, mas acho que estou fora. Depois também li A Terra Inteira e o Céu Infinito, da Ruth Ozeki. Esta deve ser minha próxima resenha. É um livro difícil de dizer convicto "gostei muito!", mas ele tem tantas camadas que não tive coragem de dizer que não gostei. É uma proposta muito interessante. A história é sobre uma escritora vivendo em uma ilha meio isolada no mapa no Canadá. Ela encontra uma sacola plástica com o diário de uma estudante japonesa, cuja introdução diz que ela escreverá a biografia da bisavó naquele diário, uma monja de 104 anos, e depois se suicidará.

Elza: Sissi <3 Esse outro soa meio sinistro... Por que alguém com uma avó de 104 anos ia querer se suicidar?

Anita: Ela sofre bullying na escola, entre outros motivos. Você precisa ler o livro. ;)

Elza: Preciso mesmo. Estou com ele na minha lista. Mas vamos falar da minha última leitura de agosto: O CACHORRO!!!!

Anita: O cachorro que nos deixou o mês toda desesperada por saber se o autor ia matá-lo ou não! E eu nem estava lendo esse livro...

Elza: Exato! Estou falando do livro Intrusos, do Dean Koontz. É sobre duas criaturas que fogem de um laboratório do governo, sendo um deles um monstro (na verdade, uma mistura de animais criada com propósitos militares) e o outro um cachorro superinteligente – ele até mesmo aprende a ler e escrever! E tem senso de humor! *pausa para ficar apreciando a fofura e genialidade do cachorro* O canino acaba encontrando humanos cujas vidas ele muda para melhor, que o tratam como família e decidem protegê-lo a todo custo. Passei o mês inteiro enrolando para não chegar ao fim porque não conseguia lidar com a ideia de que o autor poderia decidir matar o cachorro! Acabei a leitura no último dia do mês, certinho. Resenha em breve.

Anita: Outro de que também farei resenha, e o último livro que li em agosto, foi Plain Truth, da Jodi Picoult. O livro começava com um bebê encontrado morto em um celeiro no meio da comunidade amish e uma adolescente amish com sinais de que tinha acabado de dar à luz, mas negando ter estado grávida. A principal é a advogada que a acaba defendendo quando o caso vai a julgamento como homicídio qualificado. Não foi meu livro favorito da autora, mas ainda assim foi interessante. Fiquei realmente curiosa para saber como tudo tinha acontecido. A Picoult normalmente é uma boa aposta para um livro, se não bom, ao menos quase bom. Só não encontrei a versão brasileira dessa história... não quer dizer que não exista, mas não achei nem vestígio. 

Leila: Como eu disse, esse mês foi vergonhoso para minha pessoa. Fato mais do que consumado ao ver o quanto vocês leram. E ainda teve gente que disse que estava com um pouco de ressaca. Sim, estou olhando para você Dona Elza. Bem, então é isso. Nos vemos no mês que vem para rir com o nosso sucesso ou chorar as pitangas por não ter lido bulhufas. 

Até o próximo mês! 





2 comentários :

  1. Oi meninas,
    Só li um livro do Murakami e tenho mta vontade de ler 1Q84.
    Eu estava esperando bem mais de Cartas de Amor aos Mortos. A estória simplesmente nao me convenceu.
    Joyland é ótimo mesmo. E sinceramente, tbm me daria por satisfeito lendo somente livros do King até o resto da vida. Novembro de 63 é um dos meus livros preferidos do king.
    Iluminadas realmente merece o premio de maior decepção. A premissa realmente era mto criativa, mas a autora nao soube desenvolver a trama.
    Eu nao curti Os Três. Achei a estória mto fraca, não me empolgou nada, e o final é patético. E tenho a impressao que Os Três ganhou continuação sim.
    Abraço,
    Alê
    www.alemdacontracapa.blogspot.com

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    Respostas
    1. Olá!!

      Os Três ganhou uma continuação chamada Day Four. Na verdade eu quis dizer que andava checando se sairia uma tradução, porque, sinceramente, não consigo encontrar energia para ler o original. Não vou dizer que não gostei de Os Três, mas odiei o final, especificamente. A principal razão porque quero ler a continuação é para que a autora me convença que há sentido naquilo - livro muito recomendado para todos que acharam que Sob a Redoma tinha um final ruim.
      1Q84 é uma série fantástica. Costumo recomendar bastante, mas o fato de ser uma trilogia parece espantar as pessoas...

      Muitíssimo obrigada pela visita. :D

      Abraço

      Elza

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