Editora: Ballantine Books
Ano: 2016
Número de Páginas: 480
Você diz que não vê cor ... mas é tudo o que você vê. Você é tão hipersensível a ela que, de tentar parecer que não é preconceituosa, você não pode sequer entender que, quando diz que a raça não importa, tudo o que ouço é você se desfazer do que senti, do que vivi, do que é ser inferiorizada por causa da cor da minha pele.
Resumo: Ruth Jefferson, uma enfermeira de trabalho e parto, começa um exame de rotina em um recém-nascido, apenas para ser informada alguns minutos depois que ela foi reatribuída a outro paciente. Os pais são supremacistas brancos e não querem que Ruth, que é afro-americana, toque seu filho. O hospital concorda, mas no dia seguinte, o bebê sofre parada cardíaca enquanto Ruth está sozinha na enfermaria. Ela obedece as ordens ou intervém?
Ruth hesita antes de realizar CPR e, como resultado, é acusada de um crime grave. Kennedy McQuarrie, uma defensora pública branca, se encarrega de seu caso, mas Kennedy insiste que mencionar a corrida na sala do tribunal não é uma estratégia vencedora. Em conflito pelo conselho de Kennedy, Ruth tenta manter a vida o mais normal possível, especialmente para seu filho adolescente. E enquanto o julgamento avança, Ruth e Kennedy passam a ver que o que lhes foi ensinado suas vidas inteiras sobre os outros e elas mesmos pode estar errado.
Ruth hesita antes de realizar CPR e, como resultado, é acusada de um crime grave. Kennedy McQuarrie, uma defensora pública branca, se encarrega de seu caso, mas Kennedy insiste que mencionar a corrida na sala do tribunal não é uma estratégia vencedora. Em conflito pelo conselho de Kennedy, Ruth tenta manter a vida o mais normal possível, especialmente para seu filho adolescente. E enquanto o julgamento avança, Ruth e Kennedy passam a ver que o que lhes foi ensinado suas vidas inteiras sobre os outros e elas mesmos pode estar errado.
Um drama envolvente que me fez roer as unhas.
Ruth tem sido uma enfermeira diligente por mais de 20 anos até que um bebê que ela não deveria tocar morre sob sua supervisão. Kennedy é a defensora pública que cruza o caminho de Ruth e agora vai mover todo o sistema, se necessário, para fazer as pessoas entenderem sua cliente.
Preciso dizer que gosto muito dos livros da Picoult. Exceto um, eu amei todos os que eu li até hoje e Small Great Things certamente provou seu valor também.
Devo ainda dizer que fiquei receosa quando compreendi qual seria o tema principal: o racismo, principalmente do ponto de vista de um personagem negro, a Ruth. Tem sim uma boa porção sobre a Kennedy e o pai supremacista branco do bebê (sim, a bagunça vai fundo assim), mas o personagem principal foi a Ruth, sem dúvidas. Uma coisa que ler sobre a luta das minorias me ensinou foi simplesmente ficar longe se não fosse comigo, pois eles merecem o crédito de cada vitória. Não posso dizer se Picoult conseguiu superar isso, como eu não sou uma pessoa negra. Por outro lado, ela fez um excelente trabalho em provar o racismo dos demais ângulos. Fico curiosa até de saber se alguém menos familiarizado com as minorias seria capaz de compreender o quão fantástico este livro foi. Então, embora tema que este livro não agrade os mais extremos, repito que eu amei.
E o que mais amei foi exatamente a ousadia com o tema. (É, século XXI e ainda posso chamar esse tema de ousado).
Ainda assim, o que faltou aqui foi algum mistério. Quer dizer, há pequenas reviravoltas, mas onde está o grande final da Picoult? Não fiquei exatamente desapontada com o livro já que o enredo não deixava muito espaço para segredos — apenas uma sensação de indignação pela Ruth. Mas eu gostaria que houvesse um, e a Picoult é normalmente muito boa com suspense. Acho que nunca estou satisfeita, rs. Com relação a drama humano, este ainda foi o livro mais bem montado dela.
Mas minha verdadeira crítica foi sobre o pai supremacista branco. Acho que ela o criou mesmo para o odiarmos e eu realmente odeio aquele desgraçado! Simplesmente, não acho que essas pessoas mereçam a chance de dar seus pontos de vista. E a história foi do começo ao fim indulgente com ele.
De toda forma, este livro foi maravilhoso! É realmente longo, eu acho que tão longo quanto os trabalhos da Picoult normalmente são. No entanto, tive que me forçar a lê-lo o mais lentamente possível, porque não podia ficar sem ele.
É uma boa obra para um clube de leitura, pois está recheado de pontos a serem discutidos sobre o racismo. E nossa, nós precisamos discutir isso o quanto antes!
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