27 janeiro 2017

{Resenha} Último Turno - Stephen King

Título Original: End of Watch (Bill Hodges Trilogy, #3)
Autor: Stephen King
Editora: Suma de Letras
Ano: 2016
Número de Páginas: 384

Algo acordou no quarto 217...




Resumo: Brady Hartsfield, o diabólico Assassino do Mercedes, está há cinco anos em estado vegetativo em uma clínica de traumatismo cerebral. Segundo os médicos, qualquer coisa perto de uma recuperação completa é improvável. Mas sob o olhar fixo e a imobilidade, Brady está acordado, e possui agora poderes capazes de criar o caos sem que sequer precise deixar a cama de hospital. O detetive aposentado Bill Hodges agora trabalha em uma agência de investigação com Holly Gibney, a mulher que desferiu o golpe em Brady. Quando os dois são chamados a uma cena de suicídio que tem ligação com o Massacre do Mercedes, logo se veem envolvidos no que pode ser seu caso mais perigoso até então. Brady está de volta e, desta vez, não planeja se vingar apenas de seus inimigos, mas atingir toda uma cidade. - (Amazon)



Impressões:
Oh, Sr. King, você não fez isso.

Stephen King é um dos meus autores favoritos, então eu fico extremamente relutante na hora de apontar defeitos em um livro dele. Esse, porém, não escapa. Como último de uma trilogia, ele deixou demais a desejar. Especialmente no embate Brady vs Hodges.

Essa série, em geral, é um tanto irregular. Eu gostei muito dos dois primeiros livros, mas, embora o primeiro seja excelente em introduzir os personagens e apresentar um bom enredo, o segundo é bem aleatório. Ele parece ter sido escrito apenas para dar uma ideia do que aconteceria no terceiro, enquanto a maior parte de suas páginas foram preenchidas com uma história totalmente à parte. Uma boa história, mas sem muita ligação com o que veio antes e viria depois.  Hodges, Holly e outros personagens recorrentes aparecem muito pouco.

Último Turno faz outra mudança brusca de curso. Enquanto a trilogia foi anunciada como uma incursão do King pelo gênero policial, aqui ele joga a toalha e volta para sua zona de conforto: o sobrenatural. Honestamente, isso me desapontou um pouco. Confiava na capacidade do autor para fechar uma série interessante em um gênero que não era sua especialidade.

Tudo bem, isso não teria tanta importância se o livro fosse bom por si só, mas a verdade é que ele me deu muito a impressão de mais do mesmo. Como se parte dele eu já tivesse visto antes em trabalhos anteriores do autor. Hodges se vê lutando contra uma doença a qual ele tem poucas chances de vencer, o que o enfraquece consideravelmente, e precisa deter o plano de Brady - usar jogos eletrônicos para hipnotizar pessoas e obriga-las a cometer suicídio - com a ajuda apenas de Holly e Jerome, uma vez que a polícia jamais acreditaria nele.

É um livro rápido de ler, com bom ritmo, mas morno. Brady tem lá seu desejo de vingança contra Hodges, mas não parece tão preocupado com ele. O detetive, por sua vez, é um cara legal, mas um detetive pouco impressionante. Ele passa mais tempo sendo salvo do que realmente salvando o dia - o que me faz pensar que enfraquece-lo fisicamente foi uma péssima ideia.

Não é o melhor trabalho do autor.


Avaliação:

  

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