Autor: David Ebershoff
Editora: Fábrica 231
Ano: 2016
Número de Páginas: 368
O que você faz quando a pessoa que você ama tem que mudar?
Resumo: Começa com um pedido, um favor simples do marido para a esposa enquanto os dois estão pintando em seu estúdio, dá início a uma transformação que nenhum dos dois pode antecipar. Unindo realidade e ficção em uma visão romântica original, A Garota Dinamarquesa eloquentemente retrata a intimidade única que define todo casamento e a notável história de Lili Elbe, uma pioneira transgênero, e a mulher dividida entre a lealdade ao casamento e suas próprias ambições e desejos. - (Tradução livre do Goodreads)
Impressões:
A princípio, eu não gostei do que estava lendo. Fiquei confusa se o autor contava a história de um homem transgênero, intersexo ou sofrendo de Distúrbio de Identidade Dissociativa. Sendo um livro inspirado em fatos reais, com uma dose grande de ficção, minha dúvida era se o autor tinha inserido todos esses elementos como forma de intensificar o drama vivido por Einar/Lili.
Uma breve pesquisa ao final, me mostrou que não. Einar era mesmo tudo isso. Era uma mulher vivendo no corpo de um homem, tinha de fato órgãos femininos e também dissociava seus lados feminino e masculino a ponto de parecer sofrer de um distúrbio psiquiátrico. É um pouco assustador como, da forma como o autor escreve a história, nos tornamos testemunhas da personalidade de Lili tomando posse do corpo de Einar até se tornar dominante. Mais tarde, porém, fica claro que Lili sempre esteve lá, vivendo à sombra de Einar, e que o que aconteceu foi, de fato, uma libertação.
Interessante também é ver como sua esposa, Greta, incentiva-o e ajuda nesse processo. Ela tem uma personalidade complexa, moldada por um casamento anterior que terminou com a morte do marido, para quem ela parece pensar não ter sido uma boa esposa. A medida que o autor nos conta o passado de Greta, faz cada vez mais sentido a razão dela se empenhar tanto em promover a felicidade do segundo marido, mesmo que isso signifique perde-lo.
Não sei se é justo apontar A Garota Dinamarquesa como um livro que represente a causa transgênero, Acho difícil alguém sofrendo com esse problema hoje em dia se identificar com a forma como Lili lidou com seus dilemas, mas vale demais pela mensagem sobre ter coragem de parar de viver uma mentira, independente do que a sociedade espera de você. A história de Lili é bastante única, não só pelas peculiaridades físicas, mas pela época em que ela estava inserida e tudo o que ela teve que suportar para viver sua escolha.
A princípio, eu não gostei do que estava lendo. Fiquei confusa se o autor contava a história de um homem transgênero, intersexo ou sofrendo de Distúrbio de Identidade Dissociativa. Sendo um livro inspirado em fatos reais, com uma dose grande de ficção, minha dúvida era se o autor tinha inserido todos esses elementos como forma de intensificar o drama vivido por Einar/Lili.
Uma breve pesquisa ao final, me mostrou que não. Einar era mesmo tudo isso. Era uma mulher vivendo no corpo de um homem, tinha de fato órgãos femininos e também dissociava seus lados feminino e masculino a ponto de parecer sofrer de um distúrbio psiquiátrico. É um pouco assustador como, da forma como o autor escreve a história, nos tornamos testemunhas da personalidade de Lili tomando posse do corpo de Einar até se tornar dominante. Mais tarde, porém, fica claro que Lili sempre esteve lá, vivendo à sombra de Einar, e que o que aconteceu foi, de fato, uma libertação.
Interessante também é ver como sua esposa, Greta, incentiva-o e ajuda nesse processo. Ela tem uma personalidade complexa, moldada por um casamento anterior que terminou com a morte do marido, para quem ela parece pensar não ter sido uma boa esposa. A medida que o autor nos conta o passado de Greta, faz cada vez mais sentido a razão dela se empenhar tanto em promover a felicidade do segundo marido, mesmo que isso signifique perde-lo.
Não sei se é justo apontar A Garota Dinamarquesa como um livro que represente a causa transgênero, Acho difícil alguém sofrendo com esse problema hoje em dia se identificar com a forma como Lili lidou com seus dilemas, mas vale demais pela mensagem sobre ter coragem de parar de viver uma mentira, independente do que a sociedade espera de você. A história de Lili é bastante única, não só pelas peculiaridades físicas, mas pela época em que ela estava inserida e tudo o que ela teve que suportar para viver sua escolha.
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