05 outubro 2015

{Leituras do Mês} Setembro


Esse post devia ter saído uns dias atrás, mas eu, Elza, fiquei enrolando porque queria mudar o layout do blog. *olha em volta e suspira aliviada* Pensei que sobreviveria em um ambiente cor de rosa por amor as minhas colegas Anita e Leila, mas foi mais difícil do que imaginei. E elas, bondosas criaturas, temendo que eu fosse passar o resto do ano encolhida em um canto escuro, sofrendo de estresse pós-traumático (ou algo assim), não me impediram de sair derrubando tudo. 

Obrigada, meninas.

Aqui está nosso post de leituras do mês de setembro. Com bem menos assunto que o último, mas fazer o que... A ressaca um dia chega para todos. *inserir trilha sonora funesta*


Anita: Acho que posso começar por como eu não li quase nada em setembro! Inicio então pelo livro que não consegui terminar de ler e o qual eu culpo por este resultado desastroso: Sex, Lies and Online Dating (Rachel Gibson). É sobre uma escritora de mistérios pesquisando para seu próximo livro e que costuma usar casos reais ainda sendo solucionados. O atual é de um serial killer que usa esses serviços de encontros pela internet. Do outro lado, um policial que pensa ser ela própria a principal suspeita dos homicídios. Superinteressante o resumo, estilo e personagens em igual proporção de chatice. Mais de duas semanas nesse livro e nem cheguei ao meio... 

Elza: Pena, porque com esse resumo até eu leria... Deixe-me ver o que dizer do meu setembro. Pensei que tinha lido dez livros, mas na verdade só li oito. Tudo bem, porque comecei vários que não terminei e ainda passei os últimos dez dias sem vontade de ter contato com nada que tivesse letras. Ressaca, acho. A quantidade de decepções literárias desse mês... Para oito livros, foi fora de proporção. 

Anita: Fiquei com cinco completos. E pensar que três eram livros daquele site de onde conseguimos leituras adiantadas. E eu os completei! O livro que eu realmente escolhi ler... esse deve ficar pela metade mesmo, ou meu outubro também não vai render. Qual foi seu favorito do mês?

Elza: Depende do ponto de vista. Climax, do Chuck Palahniuk, foi o melhor, mas As Lembranças de Alice foi o mais divertido. O primeiro é uma paródia sobre o feminismo moderno, voltado para o consumismo e devoção a livros new adult de gosto duvidoso. Simplesmente genial, mas tive que desligar minha imaginação em algumas partes por motivos de trauma eterno (rindo). O segundo é... um livro da Liane Moriarty. Preciso dizer mais? 

Anita: Esses dois estavam na minha TBR do mês, mas acabei nem tentando Climax. As Lembranças de Alice foi o meu favorito do mês, infelizmente não por mérito próprio. Ele é sobre uma mulher que perde dez anos da memória e acorda achando que está recém-casada com o agora pai de seus três filhos com quem, na verdade, está no meio de um divórcio nada amigável. Liane Moriarty divando como sempre, claro!

Elza: O resumo nem importa. O importante é que continua sendo "Desperate Housewives" Austrália. Tenho essa fantasia de que um dia reunirão todas as personagens principais de livros da Moriarty em uma série de TV, em que elas fazem parte do clube das mães neuróticas resolvendo crimes. Já posso encomendar a pipoca? 

Anita: E outro que lemos em comum foi Boy Toy (Barry Lyga). 

Elza: Que você gostou e eu detestei e ainda estou esperando pelo nosso "Casos de Família literário". Com bastante barraco e tal.

Anita: Na verdade já faz bastante tempo e eu não lembro mais direito, rs. Mas era sobre um rapaz traumatizando após sofrer abuso de sua professora aos 12 anos. Agora, cinco anos depois, ele ainda precisa lidar com essas questões. Achei o livro interessante na primeira metade e pretendia dar quatro estrelas. Ele caiu bastante na segunda, tanto em ritmo quanto em assunto e aí perdeu estrela. Foi um gostei, mas não um gostei muito. 

Elza: Eu ia começar a xingar todos os personagens, mas vamos guardar a revolta para uma futura resenha. Não vai ter graça se eu fizer o barraco agora. Eu li CyberStorm (Matthew Mather), que é um desses livros sobre cenário pós-apocalíptico, dessa vez um grupo de pessoas isoladas em uma Manhattan pós-ataque cibernético... Provavelmente em um futuro próximo; o autor não se deu o trabalho de especificar detalhes. O começo me agradou bastante e a narrativa teve lá seus momentos, mas, no geral, foi decepcionante. Os autores precisam entender que os leitores não vão se dar ao trabalho de torcer pela sobrevivência de gente chata e sem personalidade. Ninguém vê filme de ação para ver o cara legal bater em todo mundo, mas para ver os chatos apanharem.

Anita: Outro livro chato que li este mês foi It Had to be Love (Tamra Baumann), mas era o chato esperável. Consistia em uma dessas histórias de romance que poderiam ser um filme da Hallmark. A principal precisava se mudar para uma nova cidade sob um novo nome depois de ter sobrevivido a um casamento com um marido psicopata, lá apaixona-se pelo xerife e fica em dúvida se pode mesmo se envolver com ele, pois não quer pô-lo em risco. Posso estar lembrando um pouco errado da história, mas eram uns clichês assim. Aliás, todos eram ricos. A menina era a mais rica, mas o xerife tinha um helicóptero da família. Né... 

Elza: Espera... Ele era xerife por diversão? 

Anita: Que nada, ele não se via como uma pessoa rica, rs. Supernormal um helicóptero na garagem.

Elza: Hunf! Vou ali no canto desprezar esse pessoal que não se vê como rico, mas tem um helicóptero para ir na padaria quando der vontade. O que foi mesmo que li além disso? Ah, A Garota Que Eu Quero! Do Markus Zusak. É sobre... um garoto adolescente esquisito que gosta de stalkear a casa de uma ex do irmão e escrever uns poemas envolvendo cachorros? Fiquei meio perdida porque é o terceiro volume de uma trilogia e só percebi quando terminei de ler e fui procurar no Goodreads. Também li Mosquitolândia (David Arnold), que parece ser protagonizado pela mesma garota de Quase Uma Rockstar, se ela tivesse deixado a religião de lado e resolvido fazer uma viagem através do país sozinha, filosofando sobre a vida. Ok, essa descrição é meio cínica, mas eu me diverti horrores com esse livro. Continuo achando o tipo de livro cuja voz não me convence como a de uma adolescente, mas as situações bizarras pelas quais ela passa são impagáveis. Pena que o drama familiar, que devia ser importante, acabou ficando mal resolvido. Escritores de YA, parem de traumatizar seus personagens com famílias disfuncionais se elas vão ser esquecidas em favor de um cara gato de origem desconhecida! 

Anita: Tirando o As Lembranças de Alice, que era um bom livro garantido, o livro de que mais gostei foi Firsts (Laurie Elizabeth Flynn). Certo, não creio que chegou a ser quatro estrelas, mas o enredo era divertido. A principal tinha decidido que garantiria às meninas de sua escola uma primeira vez de qualidade, diferente do trauma que foi a dela própria. Para isso, ela dava aulas práticas para os namorados dessas garotas, incluindo conselhos do que fazer desde o encontro até o depois dos finalmentes. Por outro lado, o livro sofreu de falta de ritmo e a autora tentou inserir histórias demais sendo que só essa principal já se sustentava, além de um vilão estereotipado ao extremo. Só não teve gargalhada do mal. Com uma atividade extracurricular dessas, precisava de algum vilão? Mas foi divertido pela criatividade do tema.

Elza: Soa... adorável. Minha próxima leitura foi Melodia do Mal, de um sueco de nome impronunciável. Pretendo fazer resenha dele... Talvez. Existe ressaca de resenha? Esse livro é sobre uma garota chamada Theres, que é criada em um porão por um casal de ex-músicos disfuncionais, por causa de sua voz perfeita. Ao mesmo tempo fala de outra garota, chamada Teresa, que teve uma vida bem normal, apesar de sofrer bullying na escola. As duas eventualmente se encontram e se unem a um grupo de garotas que reverenciam Theres e sua voz angelical... Espera, mencionei que Theres é a maior psicopata e acha que o remédio para depressão é matar gente e sugar sua essência vital? Bom, já dá para ter uma ideia que o tal grupo de garotas não se reúne para fazer covers da Demi Lovato, né? Excelente livro. Bastante violento... acho. Quer dizer, eu cresci lendo Stephen King, não tenho filtro para essas coisas. 

Anita: Esse livro parece assustador, mas eu já devia ter imaginado quando você mencionou autor sueco. Eu já estou no último livro da minha lista. Só que eu salvei a pérola para o final, ou um dos piores livros que já li na vida. Nirvana, da J. R. Stewart. Por um lado, conta a história de uma garota que amava muito o marido ou notou que o amava muito, bem ela devia amá-lo muito porque tudo o que ela fazia era amá-lo muito... enfim, o cara sumiu no meio de um programa de realidade virtual e foi dado como morto, exceto que ela ainda o sente vivo ali naquele programa, então, ela se recusa a assinar a declaração de que ele morreu. Não entendi porque ela precisava assinar isso... Acontece que o livro se passa em algum futuro distópico e eu não entendi nada até estar perto do final. Na verdade, não entendi muito nem depois que acabou. Só que a mulher está em negação e que tem um monte de sujeito malvado interessado em ela assinar o papel de que o cara morreu, pois assim ele realmente morreria? Sim, fiquei nesse nível de compreensão: não entendi o principal do livro. Só que ela queria o marido de volta. E tinha uma empresa poderosa que fez as abelhas morrerem. Gente, como não comecei o resumo pelas abelhas? A maior catástrofe do livro! As abelhas... *spoiler alert* morreram! E agora todos precisam viver em um mundo sem abelhas! Isto é quase The Bee Movie, só que menos divertido. 

Elza: Soa trágico, por mais de uma razão. Já falei de Climax, então só falta Eleanor & Park, como último livro que consegui de fato terminar esse mês. Estava lendo O Dom (Robert Ovies), mas comecei a me irritar com certo personagem e a ficar desesperada com o tema da invasão de privacidade... Bom, não vem ao caso. O importante é que coloquei na cabeça que precisava de algo leve, que as páginas fluíssem, e escolhi Eleanor & Park (Rainbow Rowell), já que todo mundo dizia que era maravilhoso, fofo e viciante. Foi fofo e viciante no começo, mas não posso deixar de bater o pé e reclamar do final. Só eu queria mais do que o romance dos dois protagonistas? Mais uma vez: autoras de YA, parem com as malditas famílias disfuncionais se no final das contas elas não são tão importantes assim!!!! Nem para... Deixa eu parar antes que conte o final. Esse livro também teria se beneficiado de uma colherada a menos de açúcar. Todo mundo que faz bolo sabe que muito doce as vezes é até mesmo pior que amargo – eu não faço bolo, mas sou especialista em come-los. 

Anita: No próximo, precisamos elaborar uma lista de TBR mais interessante que este fracasso de setembro... 

Elza: E eu nem falei de tudo que não terminei de ler... Oh, eu comecei O Demonologista. Outubro prometendo.

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