23 outubro 2015

{Resenha} Minha Vida Mora ao Lado - Huntley Fitzpatrick

Título Original: My Life Next Door
Editora: Valentina
Ano: 2015
Número de Páginas: 320

"Eu não posso deixar de notar que... bem, você está na minha vida... em nossa casa, com minha família, no meu mundo. Mas eu estou realmente no seu...?"

Resumo: “Minha mãe nunca ficou sabendo de uma coisa, algo que ela reprovaria radicalmente: eu observava os Garrett. O tempo todo.”

Os Garrett são tudo que os Reed não são. Barulhentos, caóticos e afetuosos. São de verdade. E, todos os dias, de seu cantinho no telhado, Samantha sonha ser uma deles, ser da família. Até que, numa noite de verão, Jase Garrett vai até lá e...
Quanto mais os adolescentes se aproximam, mais real esse amor genuíno vai se tornando. Contudo, precisam aprender a lidar com as estranhezas e maravilhas do primeiro amor. A família de Jase acolhe Samantha, apesar dela ter que esconder o namorado da própria mãe.

Até que algo terrível acontece, o mundo de Samantha desmorona e ela é repentinamente forçada a tomar uma decisão quase impossível, porém definitiva. A qual família recorrer? Ou, quem sabe, Sam já é madura o bastante para assumir suas próprias escolhas? Será que está pronta para abraçar a vida e encarar desafios?
Quem você estaria disposto a sacrificar pela coisa certa a se fazer? O que você estaria disposto a sacrificar pela verdade?
- Skoob


Sam vive com sua mãe e irmã, não havendo conhecido o próprio pai, mas desde nova tinha o costume secreto de subir no telhado ao lado de sua janela e observar a enorme família dos Garretts, seus vizinhos que levavam a vida oposta da que sua mãe lhe dava. Certo dia, um deles aparece para lhe fazer companhia e aos poucos os dois se apaixonam, tragando Sam para o caos divertido é que a vida na casa ao lado.

Desde o começo, pontua-se como problemática a relação dela com sua mãe. Como sua irmã mais velha sempre fora a rebelde da família, a mãe costumava contar com o fato de Sam obedecer aos planos. Sentimos a pressão que isso gera, mas Sam não quebra. Talvez o que a salve seja justamente o fato de sua proximidade com Jase haver lhe apresentado um mundo alternativo das regras e limpeza excessiva de sua casa.

A primeira parte do livro foi uma aventura no mínimo divertida, e eu não conseguia parar de ler. Jase Garrett é um rapaz encantador, bom para sua família, além de muito habilidoso para consertar coisas e esforçado apesar de todos os contratempos advindos do orçamento pesado. Eu tive medo que ele se revelasse o rapaz meio rebelde que mostrasse a Sam sobre esticar os limites, e a história acabasse se baseando na moral de não se viver direito quando se é tão certinho. Fiquei feliz quando o Jase mesmo diz que ele não era nenhum rebelde, que ele era apenas ele mesmo. E ufa, a autora cumpriu essa promessa.

Na verdade, cumpriu até demais, pois no final o Jase era Jase demais e nada além. Sabe, tão perfeito que nem posso chamá-lo de garoto perfeito. Não acham que isso torna o personagem incrivelmente impossível de existir? Aliás, a Sam sofria de um mal parecido, mas, pelo menos, o livro reconhece. Ela conseguia tudo, ela era bonita, inteligente, rica, boa com as crianças, divertida... *boceja* e ela nem vira bad girl, já que o pior que ela faz no livro é conviver com a família que a mãe dela mais odeia. Eu me diverti sim com as cenas entre elas e as crianças, tudo muito amável, mas não conseguia imaginar uma pessoa que, sem experiência de babá, fosse capaz disso e por um longo período de tempo. Será só eu que canso depois de quinze minutos?

Mas ambos os personagens eram bons. Perfeitinhos demais, um pouco sem graça, mas eu torci por eles. Foi tudo bem, nesse ponto, só podia ter ido melhor. Até porque a autora sabe sim dar profundidade a seus personagens. Todos os demais foram mais que interessantes. A mãe da Sam e o pai do Jase são o meu destaque, perdendo em meu coração apenas para o Tim, irmão gêmeo da melhor amiga da Sam. Há muitos anos, Tim se vê preso em um ciclo de vício e alienação da vida, que o faz ser expulso seguidamente de escolas e ainda despedido de todos os empregos que consegue. A autora conseguiu me convencer da jornada dele e, no final, ele se tornou meu favorito. Não entrarei nos detalhes dos Garretts, à exceção do Joel que mal apareceu além de comentários sobre ele do próprio Jase, todos os outros foram tão interessantes que penso em abrir uma exceção ao meu costume de não ler os segundos livros de séries e passar mais um tempo com essa família caótica. *abraça o George* [Nota: The Boy Most Likely To (tr.: o garoto mais provável de") centra-se no Tim.]

O real defeito do livro pode ser um problema meu. Eu não me dou bem com histórias sobre relacionamento já consumado. E nem estava preparada para esse ser o foco aqui. Sempre preferir histórias que terminem mais ou menos no ficar junto do casal, enquanto dois terços deste livro foca-se no "e depois". Por essa razão, meu interesse caiu muito e, antes mesmo da metade, eu já não aguentava mais ler. Logo depois, porém, um evento importante acontece que testará todos os personagens principais e isso garantiu que eu fosse até o fim. Então, deixo o aviso em duas partes. Se você não gosta de histórias de relacionamento, mas ainda está curioso com a leitura, ela melhora depois da metade. Se não aguentar mesmo esse tipo de enredo, sugiro pular este livro. O Jase e a Sam não se abalam por qualquer coisa, então não é aqui que teremos muito assunto antes de eles ficarem juntos.

No final, acima de um romance adolescente, o tema central é família e as consequências que ela traz ao romance. É bonito, muito bem escrito e desenvolvido, mas não tanto a minha praia, daí a nota que arbitrei.


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