Título Original: The Jane Austen Book Club
Autor: Karen Joy Fowler
Editora: Rocco
Ano: 2017
Número de Páginas: 320
Tem um monte de personagens... E eles meio que falam de Jane Austen...
Resumo: Cinco mulheres e um homem se reúnem para debater as obras de Jane Austen na Califórnia do início dos anos 2000 e acabam descobrindo, entre casamentos frustrados, arranjos sociais e afetivos, que suas vivências não são assim tão diferentes das experimentadas por Emma ou outras personagens da escritora britânica que tão bem descreveu a sociedade de sua época, dois séculos atrás. - (Amazon)
Impressões:
Quase desisto de fazer essa resenha, porque esse não é o tipo de livro que você se lembra muito tempo depois de ter terminado e já faz um tempinho que li - menos de um mês, mas sou velha, então equivale a dez anos - mas me apegando a promessa de fazer resenha de tudo que eu terminasse esse ano... vamos lá.
O clube de leitura é formado por:
Jocelyn: solteira de meia-idade, criadora de cães, com um passado disfuncional;
Sylvia: melhor amiga de Jocelyn desde o ensino médio, recentemente largada pelo marido;
Allegra: filha de Sylvia, lésbica, enfrentando problemas de relacionamento por questões de confiança;
Bernadette: uma senhora de certa idade que fala demais e teve um monte de ex-maridos;
Prudie: professora de francês casada e... sei lá, acho que a autora queria que ela fosse infeliz no casamento, mas não foi muito convincente. Ah, sim, cresceu com uma mãe meio doida;
Grigg: o único homem do grupo, fã de ficção científica, que cai meio de paraquedas no grupo.
Essas pessoas se juntam para discutir os livros de Jane Austen e a autora entrega longos diálogos e reflexões sobre os mesmos – como fã de Austen, foram partes que eu gostei particularmente. A história é cheia de flashbacks dos passados das personagens, que devíamos relacionar aos livros discutidos, mas que acaba sendo meio sem sentido. Não tem nada ali que seja impossível, com a dose certa de boa vontade, relacionar com a maioria dos autores existentes.
O começo do livro também não é muito interessante. Ele pega ritmo na segunda metade, quando finalmente a autora consegue transmitir um humor sutil que me fez finalmente relacionar algo a Austen. Os flashbacks, porém, não acrescentam muito. Com tantas personagens, todas acabam sendo mal apresentadas e pouco exploradas. Grigg me deixou particularmente confusa, porque não consegui fazer uma imagem clara dele até o final. A autora ainda faz uma tentativa de inserir romance na história, mas o casal não tem muita química, então acaba passando batido.
Apesar dos defeitos, não é uma leitura desagradável, e a melhora que se sente na segunda metade do livro é tão grande que ele merece uma indicação, nem que seja só para os fãs mais ardorosos de Jane Austen.
Avaliação:
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