18 dezembro 2015

{Resenha} A Tumba do Imperador (Cotton Malone #6) - Steve Berry

Título Original: The Emperor's Tomb
Editora: Record
Ano: 2012
Número de Páginas: 546


"— Ba. Uma organização secreta chinesa. Tem mais de 2 mil anos. E a versão moderna não é melhor que a original. A intenção deles é conseguir o poder. Não é bom para o meu país, nem para o seu. Esses caras são maus."


Resumo: A tumba de Qin Shi, Primeiro Imperador da China, protegida por um exército subterrâneo de guerreiros terracota, permaneceu fechada por mais de 2 mil anos. Apesar de ser considerada um dos maiores sítios arqueológicos já encontrados, o governo chinês insiste em protegê-la do restante do mundo. Por que? Essa questão está no cerne do dilema enfrentado por Cotton Malone, ex-integrante do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Sua vida sofre uma reviravolta ao receber um bilhete anônimo contendo apenas o endereço de um site. Ao acessá-lo, ele vê Cassiopeia Vitt, amiga de longa data que já lhe salvara a vida mais de uma vez, sendo torturada por um homem misterioso que lhe faz apenas uma exigência: entregar o artefato que ela afirma ter deixado sob os cuidados de Malone. O único problema é que ele não tem ideia do que o homem está falando. Porém, não demora muito para que o ex-agente morda a isca e caia em uma perigosa trama que envolve políticos do alto escalão da China, perigosos russos e uma cruel e misteriosa irmandade. Para resgatar um precioso lampião, roubado da tumba do Primeiro Imperador, antes que ele caia em mãos erradas, Malone percorrerá da Dinamarca à Bélgica, seguindo para o Vietnã até, finalmente chegar a Pequim. Se ele falhar, colocará em risco não só sua vida e a de Cassiopeia, como também o destino político da China. - Skoob


Quando Cotton Malone recebe uma ameaça contra a vida Cassiopeia Vitt se ele não entregar o artefato que ela havia deixado com ele, Cotton precisa urgentemente responder uma grande pergunta: que artefato?

Embora tumba e imperador me remetam ao Egito e, de tanto que este livro criou poeira na minha TBR, eu até comecei a achar que seria sobre isso, o tema centra-se na China. Mais especificamente em uma revolucionária descoberta que poderá ser provada graças a uma relíquia contrabandeada e, portanto, a salvo da destruição cultural causada pelo governo comunista em suas décadas de comando.

Eu fiquei um pouco decepcionada com a parte de histórias empolgantes. Confesso que esperava algo parecido com O Código DaVinci, misturando aventura, lendas urbanas, reescritura do passado — ou até algo parecido com Criança 44, apresentando mais conspirações do comunismo, na China desta vez.

Contudo, o forte deste livro... eu não descobri. Mentira. O autor fez uma séria pesquisa sobre história da China, petróleo, comunismo. Foi minha primeria vez lendo algo dele, mas achei um bom trabalho com usar fatos comprovados e pesquisas científicas em andamento para criar o enredo principal. Não creio ser algo simples de começar, a menos que você trabalhe com aquilo, como o Michael Crichton, mais complicado ainda considerando que ele precisa lançar um livro por ano (e lançar é muito mais que escrever).

Reconhecida sua maestria para tecer verdade com ficção, eu achei o livro bem vazio. Aprendi bastante sobre petróleo (e as teorias se poderia ser renovável ou não) e sobre eunucos (a conspiração central do livro tem a ver com uma sociedade secreta de eunucos, que teria controlado os chineses por trás dos panos durante milênios), mas foi isso o que levei da história. Em outras palavras, trata-se de uma diversão para o momento. Especialmente se você apreciar viradas de enredo. As piadas também são ótimas, em especial com a habilidade que Cotton tem com destruir artigos e até edifícios históricos — o autor é consistente mantendo esse traço da personalidade por todo o livro, mas como apreciadora da história torço que não por toda a série, rs.

Aliás, depois de me referir a este livro com um apelido carinhoso pelo que todos meus amigos o indentificarão por muito tempo, preciso mencionar uma piada que espero não ter sido proposital. Não chega a ser spoiler, mas um dos personagens principais para esta dose da série é um chinês chamado Pau Wei. Nome infeliz para nós brasileiros, mas que eu estava conseguindo ler sem pensar besteira até... isto é logo no início, numa das primeiras conversas com o personagem, ele revela ser eunuco. Pararei a piada por aqui, mas foram 500 páginas intermináveis de trocadilhos não intencionais (ou assim espero).

Enfim, voltando ao mundo chato dos adultos, o livro é longo, o conteúdo não é tão excitante e eu achei a cena da resolução final longe de ter sido bem montada. Novamente, sem querer revelar nada, o livro tem umas cenas de altercações, perseguições, escapadas da morte que eram com certeza boas. Tirando por isso, eu imaginava que a última seria maravilhosa. Contudo, o autor montou de tal forma que enquanto o enredo principal do livro (a conspiração pelo governo da China) está sendo em ponto de de bala envolvendo armas de fogo e espadas, o enredo principal da série (ou melhor, a vida romântica do Malone) resolve cair numa briga nível jardim de infância e interromper a situação acima com as armas. Vergonha alheia.

Com isso, minhas três corujas são na verdade duas e meia. O livro é interessante em uns pontos, é vergonhoso em alguns outros e acaba com uma média na média. Arredondei para três porque ele não é ruim a ponto de levar duas e o final foi convincente mesmo se o caminho até ele tenha sido muito estranho, como acima descrevi.

Eu leria mais desta série? Provavelmente, só os livros que obtiverem uma avaliação bem acima da média, mas leria e lerei.


Avaliação:

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