10 dezembro 2015

{Resenha} A Aposta - Rachel Van Dyken

Título Original: The bet
Editora: Suma de Letras
Ano: 2014
Número de Páginas: 288


"— Argh! — Jake chutou a terra. — Agora ela nem vai me beijar!

— Beijar você? — exclamou Travis, horrorizado só em ouvir o irmão falar a palavra beijar, quanto mais pensar em fazer uma coisa dessas com Kacey. Além do mais, por que o irmão de 6 anos de idade beijaria antes dele? — Ela nem gosta de você desse jeito. — E cruzou os braços."





Resumo: Kacey deveria ter fugido assim que ouviu essas palavras do milionário Jake Titus. O amigo de infância que Kacey não via há anos é hoje um dos homens mais poderosos e cobiçados de Seattle. E ele precisa de um favor dela: que ela finja ser sua noiva em uma viagem para visitar a avó Nadine, que está muito doente. Kacey aceita sem hesitar, afinal, o que poderia acontecer em apenas quatro dias? Mas o que ela não esperava era reencontrar Travis, o irmão mais velho de Jake, Quando mais novo, ele adorava perturbar Kacey: já incendiou uma boneca, colocou uma cobra em seu saco de dormir. Por isso, recebeu dela o apelido de “Satã”. Mas depois de tantos anos, Kacey se vê diante de um homem lindo, por quem se apaixona no momento em que vê o seu sorriso. O que ela não sabe, no entanto, é que os dois irmãos haviam feito uma aposta quando eram meninos: quem se casasse com Kacey receberia um milhão de dólares. Em “A Aposta”, da autora best-seller do New York Times Rachel Van Dyken, Kacey terá que descobrir qual dos irmãos é o cara certo e fazer sua escolha. Essa é a única certeza que lhe resta.


A história é a Kacey com problemas amorosos porque Jake, seu ex-melhor amigo, namorado e amor de sua vida, retornou para convencê-la emocional e financeiramente a fingir ser sua noiva para enganar as revistas — ele é algum empresário bem sucedido e cheio de escândalos — e sua família, que Kacey considerava como sua própria até uma infeliz noite de bebedeira com Jake. Voltando às origens, ela precisa lidar com tudo de que vinha fugindo: o mal resolvido com Jake, com o implicante do irmão mais velho deste e ainda com as lembranças de seus falecidos pais.

O livro explora três pontos de vista, Kacey, Jake e o irmão do mal Travis. E a coisa é bem típica. Os dois últimos gostam da Kacey desde sempre e desde sempre estragam suas chances com ela. Jake de propósito, porque não quer perder a amizade e por isso acaba com a amizade, Travis por muita burrice, porque ainda não aprendeu que implicar com a menina não irá melhorar suas chances de romance com ela.

Como podem sentir, minha grande queixa é o nível de maturidade dos personagens. Não vou mentir, havia cenas muito hilárias que só conseguimos graças a isso. E sim, eu compreendi porque o Travis, quando CRIANÇA, perturbaria a Kacey, achei até muito fofa a explicação. Mas ele nunca aprende? Seu cérebro não conseguiu evoluir 1% nesses anos todos? Eu o peguei para cristo, mas nenhum dos três tem um raciocínio digno da idade. A sensação era a de que eu com dez anos resolvi compilar histórias de comédia romântica... Eram linhas de pensamento cansativas, forçadas.

Não achei que a autora conseguiu ser suave nas transições. Sempre que ela queria provocar uma mudança de ideia no personagem, parecia muito repentino. O livro tem seu valor no momento. O acontecimento em si é divertido de ler. O que levou a ele e as consequências não. As pessoas não conseguiam se decidir de quem gostavam, do que iam fazer sobre isso... parecia uma dessas séries de televisão em que cada capítulo é um escritor e por isso os relacionamentos ficam num vai-vem, dependendo do que era mais importante para o momento que se quer causar.

Apesar das críticas, o livro foi divertido. E preciso destacar a avó como melhor personagem. Sim, a presença dela era forçada demais, porém, foi inesquecível. Uma mulher forte, irreverente, nada previsível e que sempre sabia um bom conselho para dar, mesmo que nenhum deles quisesse ouvir a própria avó lhe falando sobre sexo. Nenhum de nós, na verdade, né? Foi um bom toque no livro.

As cenas românticas com os beijos também me ficaram na mente. Percebam que eu nunca menciono isso em resenha, por isso, eu acho que deve ter sido realmente bom.

Há um segundo (e um terceiro) livro na série. Será que eu o leria? Olha, cada livro é uma história fechada. Não sinto a necessidade. Considero lê-lo um dia como algo separado apenas.

Enfim, não é um superlivro de que me lembrarei para o resto da vída. Mas ele foi rápido e divertido, desde que eu desligasse meu senso crítico.


Avaliação:

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