11 janeiro 2018

{Retrospectiva 2017} Nosso Top 5



Bem-vindos a mais um Melhores e Piores do Ano! Por que pus isso em maiúscula? Sei lá. Mas boa lá pôr mãos à obra, que vai ser divertido difícil.



Estava olhando aqui minhas estatísticas e percebi que tive apenas três livros com duas estrelas e mais três que esqueci de dar nota. Isso é um bom sinal em teoria apenas. A verdade é que eu tive foi muito livro blah, os entre 2,5 e 3,5.

Top dos Melhores

5 - Noteworthy (Riley Redgate)
The Date to Save (Stephanie Kate Strohm)
Tive problemas demais para decidir então, por que não? O primeiro é sobre uma menina que se disfarça de menino pra poder cantar num grupo musical da escola. O segundo é sobre uma menina meio maluca que decide que quer publicar matéria no jornal da escola, mas ela sempre exagera e o editor corta as asas dela. Só que desta vez ela pegou um furo que o deixa bem interessado. Foram dois livros bem divertidos de ler, muito bem pensados também, são do tipo que eu recomendaria até para quem não curte muito YA's.

4 - Três Coisas Sobre Você (Julie Buxbaum)
Este YA foi muito fofo e muito lindo. É sobre uma garota que perdeu a mãe e precisa ir morar em outro estado com o pai e a nova família dele. Só que ela é matriculada numa escola de riquinhos e está tendo problemas pra se encaixar. É quando um anônimo começa a ajudá-la por mensagem eletrônica. Mas quem será ele? Nós temos minha resenha dele aqui no site se quiserem saber mais. Só digo que adorei, adorei muito. Do tipo de parar de ler pra fazer o livro durar mais um dia na minha vida. ♥

2 - The Good Daughter (Karin Slaughter)
Tudo o que nunca contei (Celeste Ng)
Impossível decidir entre dois livros tão fantásticos que me absorveram tanto pro universo deles que eu só conseguia falar deles enquanto os lia. O primeiro é um thriller sobre uma advogada cuja família foi marcada por uma tragédia e ela precisa dar uma trégua na briga pra ajudar uma menina acusada de fazer tiroteio na escola de sua cidade natal. Eu já conhecia a Slaughter, mas não que a Slaughter podia ser tão envolvente. Uau.

Já o livro da Celeste Ng fala de outra família com outra tragédia que enfrentar: a filha do meio é encontrada morta e ninguém sabe se foi suicídio, acidente ou assassinato. Por isso acompanhamos os pontos de vista dos dois outros filhos e dos pais para entender melhor o estado de espírito dela. Nossa, como eu chorei e ri com o livro. É lindo! A Ng virou uma autora que quero acompanhar sempre.

1 - As Fúrias Invisíveis do Coração (John Boyne)
Eu só tinha lido O Livro deste autor e mesmo tendo amado (ou porque amei), fiquei com medo deste. Só que alguma coisa no resumo me chamou e acabei pegando pra ler. Nossa, nossa, nossa. Ele fala sobre a história da Irlanda e sobre homofobia, religião, família. Tinha muito pra eu acabar achando chato, um livro de pseudoficção (sabe, aqueles que inventam qualquer história pra ficar te dando aula em vez de fazerem logo um de não-ficção). Mas como eu estava enganada! Ri, chorei, me apaixonei. A narração é muito divertida e a forma como o Boyne organizou as partes faz com que você fique dando saltos no tempo sem saber de início o que aconteceu no meio. É quase como reencontrar um amigo antigo e só com uma boa conversa que você se informa melhor. Pois bem, uma técnica perfeita pra eu não só ter que começar o capítulo seguinte, mas lê-lo todo, ou não saberia a resposta do gancho no final. Enfim, este foi meu único de cinco estrelas em 2017, mas foram cinco estrelas MESMO. Uau.

Top dos Piores

Pobres livros, a maioria não merecia estar aqui realmente. É que mesmo eles não sendo RUINS, os outros foram melhores.

5 - It Had To Be You (Keris Stainton)
Esta é uma comédia romântica meio besta. Até que a execução foi legal, deu uma diversão na hora, acho que li rápido. Mas mesmo assim foi uma história superficial.

3 - The Wife Between Us (Greer Hendricks et al)
As Sobreviventes (Riley Sager)
Enquanto eles não foram realmente livros com duas estrelas, eles entram no top por uma tecnalidade especial: foram uma enorme decepção. Eles são legaizinhos e paramos por aí. São dois thrillers que foram falados demais pro bem deles, porque não têm nada de mais. Exceto pelos plot twists, é isso o que normalmente deve fazer os leitores se encantarem tanto. Mas foi é uma decepção mesmo.

2 - Romancing the Throne (Nadine Jolie Courtney)
É um YA sobre uma menina que começa a namorar o príncipe da Inglaterra, até que sua irmã de quem ela é muito próxima se muda pro internato deles e as coisas ficam estranhas. O maior problema foi o ponto de vista escolhido, fosse ele da outra irmã haveria muito mais chances de eu ter gostado, nem é por isto mas a principal me irritava ainda por cima. Podia ser que tivesse mais chances, mas do jeito que foi executado, foi um tipo de história de que eu não gosto e, pra piorar, a história ficou chata, longa e previsível. Quase que o largo pela metade.

1 - Dying Wish (Margaret McHeyzer)
Pobre livro, ganhando assim o título de pior do ano. Na verdade, ele teve o mesmo defeito do livro acima: se o foco fosse na outra menina, eu até poderia ter gostado. Ele é outro YA, mas é um menina conhece menino, menina fica doente, e o que acontece com o amor dos dois? Só que ficou um tanto "awkward" depois de um tempo. Não vou explicar pra não dar spoiler. Não que vocês devam tentar ler isto...



2017 foi o ano da ressaca. Li metade do que que li em 2016, tanto que nem tive oportunidade de dar uma estrela a nenhum um livro, então minha lista de piores é, na verdade, de livros mais ou menos. Os melhores, no entanto, foram bem mais promissores.

Top dos Melhores

1. Na categoria "infinitamente superior ao que eu esperava":
Golen e o Gênio (Helene Wecker)
Uma fantasia maravilhosa, que tem como pano de fundo bairros de imigrantes judeus e árabes na Nova Iorque do começo do século, sem, no entanto, entrar em questões políticas. Os personagens são maravilhosos e a autora foi perfeita na pesquisa do background histórico. Um livro bem extenso, mas que não entedia em nenhum momento. Há uma continuação a ser publicada, mas ele não deixa nada pendente que a torne leitura obrigatória.

2. Na categoria "diferente de tudo que já li antes":
A Menina Submersa (Caitlín R. Kiernan)
Aquele tipo de livro que você não sabe se coisas sobrenaturais estão acontecendo ou se tudo se passa apenas na mente perturbada da narradora. Um livro brilhante, que eu não consegui largar depois das primeiras páginas. Recomendadíssimo.

3. Na categoria "não acredito que demorei tanto para decidir ler":
Max (Sarah Cohen-Scali)
Uma história que se passa na segunda guerra, no ponto de vista de uma criança criada para ser a imagem do ariano perfeito desejado por Hitler e como sua visão do que acontece a sua volta se modifica à medida em que ele vai tendo contato com novas pessoas e situações. Li por causa de uma maratona e mal pude acreditar que tinha guardado um livro tão bom sem nunca tê-lo folheado.

4. Na categoria "eu esperava mesmo que fosse ruim, mas...":
Uprooted (Naomi Novik)
Eu estava esperando aquele tipo de YA boninho que tem um grande fundo medieval e político para justificar o romance entre os principais, mas o que encontrei foi uma fantasia excelente, com personagens que permaneceram comigo bem depois de ter virado a última página e um final redondinho. Com quase tudo que eu leio sendo começo de uma série ou parte de uma trilogia, eu fico quase às lágrimas de emoção quando encontro um livro bom e sem continuação.

5. Na categoria "drama policial que não me deixou entediada em nenhum momento":
Porto Inseguro e O passado é um lugar (Tana French)
Coloquei os dois porque, embora não sejam exatamente uma série e centrados em personagens diferentes, eles se passam no mesmo universo (assim como outros três da autora). Meu problema com livros policiais é que eu geralmente gosto do mistério, mas quando a autora começa a desenrolar a vida pessoal dos investigadores, os livros passam de interessantes a entediantes. Essa autora, porém, faz um trabalho excelente em mesclar o mistério com os dramas pessoais das personagens sem nunca partir para clichês bobos e conflitos românticos desinteressantes. Pretendo ler tudo dela em que conseguir colocar as mãos.

Top dos Piores

Ok, antes devo lembrar a quem passar por aqui que esses livros não são necessariamente péssimos (acho que dei duas estrelas para todos eles) e que é uma opinião absolutamente pessoal.

1. Na categoria "se tédio matasse...":
V is For Virgin (Kelly Oram)
Pensei que nunca fosse terminar esse livros. Abandonei várias vezes e só terminei porque minha lista de leitura estava tão trágica que eu queria poder, ao menos, colocar mais um na lista de lidos. O tema é interessante: uma garota que acaba se tornando embaixadora de uma espécie de ONG pró-celibato depois que um desabafo seu na cantina do colégio viraliza na Internet. Enquanto isso, um astro do rock doido por sexo tenta de todas as formas fazê-la trair suas convicções. Tinha tudo para ser hilário, mas eu não consegui gostar de nenhum personagem nem me envolver com nenhum conflito. O livro tampouco é engraçado. Só consegui ir empurrando as páginas com a barriga, torcendo que acabasse logo.

2. Na categoria "ideia boa, execução ruim":
Não Olhe Para Trás (J. Lynn)
Uma garota morre, outra sobrevive, mas perde a memória e tem que descobrir qual o seu envolvimento no que aconteceu a sua melhor amiga. A resolução é interessante, mas até lá temos inúmeras páginas de um romance chato e uma investigação que não empolga. Pelo menos a leitura é bem fácil e rápida.

3. Na categoria "decepção total":
Happily Ever After (Cinder & Ella #2) (Kelly Oram)
Eu gostei tanto do primeiro livro que essa continuação só não foi a pior coisa da vida porque continuei gostando dos personagens. Aqui temos um monte de conflitos reciclados do primeiro livro, uma Hollywood cheia de pessoas boas, amigáveis e compreensivas; e tudo se resolvendo facilmente quando a autora achou que tinha atingido o número necessário de páginas. Decepção nem começa a descrever o que senti.

4. Na categoria "era melhor ter ido ver o filme do Pelé":
Juntando os Pedaços (Jennifer Niven)
Basicamente, é um romance entre uma garota que já sofreu de obesidade mórbida e agora luta para controlar sua compulsão alimentar e um garoto superpopular que sofre de prosopagnosia - aquele problema de não conseguir reconhecer as pessoas pelo rosto. Não é um livro muito ruim, mas é aquele tipo em que as personagens são definidas por uma característica e a autora passa a história inteira batendo nessa tecla. Para piorar a cereja do bolo: coisas impossíveis acontecendo apenas pela força do amor. Essa só colaria, e olhe lá, se os principais morassem em Hogwarts. Talvez outra pessoa encontre algo para achar cativante, mas não foi para mim.

5. Na categoria "eu pressenti que ia ser ruim, mas conseguiu ser pior":
Belas Adormecidas (Owen King & Stephen King)
Nunca pensei que fosse colocar em uma lista de piores um livro do Stephen King, que, apesar dos pesares, continua sendo um dos meus autores favoritos, se não o que gosto mais. O problema aqui é que eu pude captar ecos do trabalho do King, mas na maior parte do livro, o estilo pareceu mais uma imitação que algo realmente dele. Junte a isso ele ter reciclado um de seus antigos vilões com praticamente as mesmas características (trocou apenas o sexo) e não haver um único personagem com quem eu realmente me importasse... Vou me abster de falar da parte política do livro porque dá sim para ignorar, mas para quem se incomoda com o autor escancarando suas opiniões em uma história de ficção, não recomendo mesmo. Na verdade, melhor ler IT ou A Dança da Morte.

Bom, foi isso. Queria ter podido comentar mais livros, mas a maioria do que li em 2017 ficou naquela zona do "divertido, mas não espetacular". Espero ler mais esse ano... Dedos cruzados.

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