01 janeiro 2016

{Resenha} One Man Guy - Michael Barakiva

Título Original: One Man Guy
Editora: LeYa
Ano: 2015
Número de Páginas: 272

Só sei que gosto de estar aqui com você e não consigo me imaginar querendo mais ninguém. Isso basta para você?


Resumo: Ethan é tudo o que Alek gostaria de ser: confiante, livre e irreverente. Apesar de estudarem na mesma escola, os dois garotos pertencem a mundos diferentes. Enquanto Ethan é descolado e tem vários amigos, Alek tem apenas uma, Becky, e convive intensamente com sua família e a comunidade armênia.
Mesmo com tantas diferenças, os destinos de Ethan e Alek se cruzam ao precisarem frequentar um mesmo curso de férias. Quando Ethan convence Alek a matar aula e ir a um show de Rufus Wainwright no Central Park, em Nova York, Alek embarca em sua primeira aventura fora de sua existência no subúrbio de Nova Jersey e da proteção de sua família.
E ele não consegue acreditar que um cara tão legal quer ser seu amigo. Ou, talvez, mais do que isso.
One Man Guy é uma história romântica, comovente e engraçada sobre o que acontece quando as pessoas saem de suas zonas de conforto e ajudam o outro a ver o mundo (e a si mesmo) como nunca viram antes.



Alek vem de uma tradicional família armênia, mas percebe-se apaixonando por um garoto de sua escola. Ele precisa lidar com os vários preconceitos de sua família, além de com o fato de esse garoto não parecer ser sua melhor escolha para namorado.

Na verdade, já faz um tempo que li este livro e não tinha percebido que ele havia sido traduzido para o português até reencontrá-lo em uma livraria uns dias atrás. Como no Grumpy eu, pelo menos, gosto de tentar variar os livros que abrangemos, precisei estrear aqui a categoria. Eu o conheci como similar a Openly Straight, o qual acho ter sido o primeiro livro do gênero YA LGBT que li.

Trata-se de uma leitura rápida, com fatos curiosos sobre os costumes da família do Alek e os eventos que abalaram os armênios no início do XX. Como vim de família árabe, não deixei de me identificar com a posição dessa família e até de me lembrar um tanto dos encontros com os parentes quando era mais nova e era obrigada a ir lá. Aliás, árabes e armênios soam bem parecidas, a tirar pelo que vi no livro... foi curioso. Alguns momentos, esses fatos pareceram superficiais também, como se saídos da Wikipedia, apenas para assegurar a diversidade cultural. Não tira, porém, o mérito do livro que esteja esteja presente em "full force".

O romance entre os dois tem momentos fofos, muito fofos. Por outro lado, achei pouco praticável. Por mais romância, "love conquers all" que eu goste de ser lendo livros, não tenho certeza se a personalidade tão díspar deles dará certo a longo termo. E podíamos ter tido umas cenas menos fofas e que fizessem meu coração palpitar mais (desculpa, eu li muito isto comparando com as emoções de Openly Straight). O final também, a superação dos obstáculos, deixou um gosto de: eles realmente superaram ou só deram sorte? Até a evolução do personagem do Alek, quando eu paro e penso realisticamente, acabou como um regresso.

O livro é divertido, gostoso de ler, mas não esperem pé no chão. É quase como sonhar com o mundo ideal, em que os problemas estão só dentro da sua cabeça e com seus próprios preconceitos. Mas sou muito mais o estilo deste autor, direto e humilde, que o dos David Levithans da vida.


Avaliação:


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